Segundo Hahnemann, as substâncias como a beladona, por exemplo, que seriam altamente tóxicas em sua forma pura, são administradas aos pacientes em uma forma altamente diluída. Para isso, as plantas ou minerais são moídos e misturados com água ou álcool, e parte dessa mistura é diluída novamente. Hahnemann desenvolveu um método especial de diluir e agitar, conhecido como potencialização e dinamização, que afirma que quanto mais diluído, mais forte será a reação de cura do paciente.
Estudos sobre a homeopatia têm sido realizados ao longo dos anos, e os resultados não são conclusivos. Uma meta-análise de 1997, publicada na revista Lancet, examinou 89 estudos individuais e concluiu que o efeito clínico da homeopatia não poderia ser atribuído apenas ao efeito placebo. No entanto, uma meta-análise mais recente de 2017, publicada na revista Systematic Review, analisou apenas estudos duplo-cegos, nos quais nem os participantes, nem os médicos sabiam se estavam administrando um remédio homeopático ou um placebo, e concluiu que não houve efeito sobre doenças específicas.
Apesar disso, muitas pessoas acreditam na homeopatia devido ao atendimento personalizado e empático que recebem dos homeopatas. A neurocientista Ulrike Bingel afirma que esta abordagem pode ter um efeito positivo no sucesso do tratamento. Ela também explica que o efeito placebo, que é a razão pela qual os sintomas melhoram após o tratamento homeopático, é motivado pela expectativa positiva dos pacientes ao ingerir os glóbulos.
Apesar de todas as controvérsias e resultados contraditórios, há dificuldade em negar que a homeopatia oferece algo que a medicina moderna muitas vezes não tem, como mais tempo, melhor comunicação e terapias mais individualizadas. A discussão sobre a eficácia da homeopatia continua, mas muitos concordam que ainda há espaço para melhorias na medicina baseada em evidências.