A reclamação territorial de Essequibo é uma disputa antiga entre Guiana e Venezuela. A área em disputa abrange cerca de 160 mil quilômetros quadrados, o equivalente a mais da metade do território guianense. A região é extremamente rica em recursos naturais, como minerais e petróleo, o que torna o controle sobre ela uma questão de grande importância estratégica e econômica para ambos os países.
No entanto, a proposta de Maduro de resolver a controvérsia por meio da negociação foi encarada com ceticismo pela Guiana. O presidente guianense, Irfaan Ali, afirmou que a posição de seu governo é clara e inegociável. Ele ressaltou que o Tribunal Internacional de Justiça já emitiu um parecer favorável à Guiana em relação a essa disputa, o que reforça a legitimidade dos direitos guianenses sobre a área em questão.
Ali também criticou duramente a postura de Maduro, afirmando que a Venezuela tem tentado impor sua vontade pela força através de medidas intimidadoras, como a presença militar na região contestada. Ele ressaltou a importância de respeitar o Estado de Direito e os princípios da diplomacia, argumentando que a recusa em participar da reunião proposta era uma resposta à atitude beligerante e desrespeitosa do governo venezuelano.
Por outro lado, Maduro rechaçou as acusações de intimidação e afirmou que a Venezuela está empenhada em buscar uma solução pacífica para a controvérsia territorial. Ele enfatizou a importância do diálogo e da cooperação entre os dois países e manifestou sua disposição em dialogar com o governo guianense para encontrar uma solução justa e equitativa.
Apesar das tentativas de mediação externa, como a oferecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), a questão de Essequibo permanece como um ponto de tensão na relação entre Guiana e Venezuela. A recusa da Guiana em participar da reunião proposta por Maduro evidencia a complexidade do impasse e a dificuldade em se alcançar um consenso sobre esse assunto sensível.
Enquanto a disputa territorial entre Guiana e Venezuela continua sem uma solução definitiva, a região de Essequibo permanece como um ponto de atrito entre os dois países. A expectativa agora é de que novas tentativas de diálogo sejam realizadas no futuro, visando encontrar uma solução pacífica que respeite os direitos de ambos os países envolvidos nesse impasse.