A expectativa gira em torno do julgamento de um recurso especial pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Antônio Carlos Ferreira, previsto para as próximas semanas. O Ministério Público Federal também atua no caso, defendendo a apuração das imputações criminais atribuídas a Vânio Aguiar pelo espólio de Edemar Cid Ferreira.
Em meio a acusações de desvio de recursos do grupo, o subprocurador-geral da República Antônio Carlos Martins Soares defendeu a suspensão da ação falimentar até que as condutas sejam investigadas de forma independente e imparcial. Segundo o espólio do ex-banqueiro, é crucial concluir a investigação em curso na Polícia Civil para decidir sobre a falência.
Edemar Cid Ferreira acusou Vânio Aguiar de alugar um imóvel com valores da massa falida, desviando recursos para uma empresa supostamente pertencente a Aguiar. Outras denúncias incluem recebimento duplo de salários e despesas administrativas não justificadas. Consultado, Vânio Aguiar preferiu aguardar a decisão do recurso.
Após quase 20 anos de insolvência, mais de R$ 2,6 bilhões foram pagos aos credores do Banco Santos. Atualmente, o saldo histórico da falência é inferior a R$ 500 milhões, com cerca de R$ 336 milhões em caixa. Aguiar já recebeu cerca de R$ 30 milhões em honorários pela administração judicial da falência.
A disputa entre o espólio de Edemar Cid Ferreira e Vânio Aguiar continua a movimentar o cenário jurídico e financeiro do caso, aguardando-se desdobramentos nos próximos meses. Os credores do Banco Santos permanecem na expectativa de uma resolução definitiva após décadas de incertezas e litígios.