Uma das informações mais alarmantes é que mais de 70% das casas em Gaza foram destruídas, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), mas o número pode chegar a 80% ou até 90% à medida que os conflitos continuam. Além disso, estima-se que a guerra de Israel em Gaza tenha gerado uma incrível quantidade de 37 milhões de toneladas de entulho, tornando a reconstrução da região uma tarefa monumental.
A economia palestina também foi duramente afetada, com perdas de 8,7% do PIB real em 2023 e 25,8% em 2024. Isso representa um prejuízo de aproximadamente US$ 6,9 bilhões nos primeiros seis meses do conflito. A situação humanitária em Gaza só piora, com todos os cenários traçados pela ONU indicando um retrocesso de mais de 20 anos no desenvolvimento humano.
Vale ressaltar que Gaza já enfrentava uma crise humanitária grave devido ao bloqueio imposto por Israel há 16 anos. A pobreza e a fome eram realidades para a maioria dos 2 milhões de habitantes antes mesmo do início dos conflitos atuais. A região foi palco de quatro guerras nos últimos anos, contribuindo para a deterioração das condições de vida dos palestinos.
Diante desse cenário caótico, a comunidade de refugiados palestinos, que compõem a maioria da população de Gaza, enfrenta taxas de pobreza alarmantes, chegando a cerca de 81,5%, segundo dados da ONU. A situação na região é cada vez mais crítica, com a população enfrentando um verdadeiro colapso humanitário sem precedentes. A comunidade internacional precisa agir com urgência para prestar assistência e buscar soluções para a reconstrução e estabilização de Gaza.