Grupo Wagner: a trajetória do fundador, Yevgueni Prigozhin, desde vendedor de cachorro-quente até líder de operações violentas na Ucrânia.

O Grupo Wagner, liderado por Yevgueni Prigozhin, foi responsável por algumas das campanhas mais longas e violentas realizadas pelo Kremlin na Ucrânia, em especial a de Bakhmut, no leste do país, que foi devastada durante meses de intensos combates. Essa atuação lhe rendeu o reconhecimento e a admiração de muitos, como Alexander Ulianov, que o descreve como um “grande homem” que fez muito pela Rússia em um momento crucial.

Prigozhin, que começou sua trajetória sendo preso nos anos 1980 por crimes comuns, posteriormente se tornou um vendedor de cachorro-quente em São Petersburgo nos anos 1990. Sua ascensão no cenário político se deu quando conheceu Vladimir Putin e se tornou o chefe do serviço de catering do Kremlin, conquistando contratos e aumentando sua influência até fundar o grupo mercenário Wagner em 2014.

Apesar de sua liderança e importância para o Kremlin, Prigozhin também foi alvo de críticas e divisões. Após sua morte, negada de qualquer ligação com o governo Russo, Putin o descreveu como um “empresário talentoso” que cometeu “erros graves” e o chamou de “traidor”.

Ainda assim, Prigozhin permanece vivo na memória de muitos russos, como foi ressaltado por um zelador de uma igreja ortodoxa, que o compara aos grandes generais da história russa. Seu legado, tanto positivo quanto negativo, segue despertando debates e reflexões sobre seu papel na política e nos conflitos na Ucrânia.

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