O caso mobilizou a Polícia Militar, que acionou o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) para averiguar a ameaça. Após a análise dos policiais, foi constatado que a granada era um objeto inoperante, possivelmente remanescente da Segunda Guerra Mundial. Após a vistoria do abrigo, o local foi liberado para os moradores.
Em nota, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social informou que a equipe técnica do Centro Temporário de Acolhida Prates I acionou a Polícia Militar ao encontrar o artefato nas dependências do serviço. Esse incidente veio à tona após uma reportagem da Folha, que denunciou as más condições do abrigo, incluindo a interdição de um bebedouro, presença de animais no refeitório e problemas estruturais como a falta de portas.
O abrigo já havia sido cogitado como espaço para receber dependentes químicos da cracolândia, porém a ideia foi revogada após manifestações contrárias de moradores e comerciantes da região do Bom Retiro. Um frequentador do centro de acolhida descreveu o local como insalubre, comparando-o a um “purgatório” ou regime semiaberto.
Essa situação escancara a fragilidade dos serviços de acolhimento oferecidos aos moradores de rua em São Paulo, evidenciando a falta de estrutura e a precariedade das condições de vida dessas pessoas. É fundamental que as autoridades competentes garantam a segurança e o bem-estar dos indivíduos em situação de vulnerabilidade, proporcionando condições dignas de acolhimento e convivência.