A jornalista Sheila Magalhães perguntou sobre a maior necessidade nos abrigos, mencionando a quantidade de pessoas desabrigadas e questionando o comprometimento com a construção de moradias. A resposta de Leite focou nas doações recebidas, agradecendo a solidariedade do povo brasileiro e expressando preocupação com o impacto dessas doações no comércio local.
O governador argumentou que o grande volume de doações físicas poderia prejudicar os pequenos comerciantes locais, dificultando a recuperação da economia afetada pelo desastre. A preocupação levantada por Leite surpreendeu alguns observadores, que viram na declaração uma falta de priorização das necessidades mais urgentes da população desabrigada.
É importante ressaltar que em situações de desastre, a ajuda emergencial deve ser direcionada às vítimas que perderam suas casas e estão desabrigadas, sem acesso a alimentos, água e roupas. A preocupação com a inflação do desastre, que ocorre quando os preços dos produtos básicos aumentam devido à escassez, é compreensível. No entanto, a suspensão das doações e a busca por alternativas para apoiar o comércio local levantaram questionamentos sobre as prioridades do governo estadual.
Em meio a críticas e controvérsias, o governador Leite precisa articular uma estratégia clara e eficaz para lidar com a crise e garantir que as necessidades mais urgentes da população sejam atendidas. A transparência e a eficiência na distribuição de recursos e auxílios são essenciais para enfrentar os desafios decorrentes do desastre e promover a recuperação das comunidades afetadas.