Um dos nomes mais cotados para ocupar o cargo é o de Sidnei Bispo, que atualmente atua como diretor na Eletronuclear e mantém proximidade com o ministro Alexandre Silveira, responsável pelo Ministério de Minas e Energia. A indicação de Bispo é vista como uma forma de garantir alinhamento com a pasta e avançar com os projetos de interesse do governo.
Atualmente, a Aneel possui cinco diretores, havendo uma divisão de forças entre eles. De um lado, estão Fernando Mosna e Ricardo Tili, que são considerados ligados ao ex-secretário-executivo de Minas e Energia, Efraim Cruz. No entanto, Cruz foi destituído do cargo por Silveira, o que abriu espaço para que a equipe do ministro busque novas alianças dentro da agência reguladora.
Do outro lado, estão Feitosa e Agnes Costa, que supostamente votam de forma mais técnica e neutra, sem laços políticos explícitos. Com a saída de Hélvio Guerra, o governo acredita que será possível obter a maioria na diretoria da Aneel, o que poderá destravar projetos de interesse ligados à transição energética.
Essa movimentação indica a importância estratégica que a diretoria da Aneel possui no contexto das decisões políticas relacionadas ao setor de energia. A escolha do novo diretor terá impacto direto nas diretrizes adotadas pela agência e, consequentemente, nas políticas de transição energética promovidas pelo governo.
Com isso, o cenário político em torno da Aneel se mostra extremamente dinâmico e estratégico, com diferentes atores buscando influenciar as tomadas de decisão e garantir sua agenda de interesses. A nomeação do novo diretor será acompanhada de perto tanto pelo governo quanto por setores ligados à área de energia, refletindo a relevância das decisões que serão tomadas nos próximos meses.