A investigação da PF apura um esquema de desvio de dinheiro de programas sociais entre os anos de 2017 e 2020, período em que Castro era vereador e depois, vice-governador. As acusações também apontam que o governador teria recebido propina de empresários ligados aos projetos sociais, de acordo com as delações de um ex-assessor e um funcionário de uma empresa envolvida no esquema. No entanto, tanto Castro quanto Sarciá negam as acusações.
A situação levou o governador a cancelar uma viagem oficial que faria à China e adiar os planos de férias com a família nos Estados Unidos. Após a operação, aliados do governador afirmam que ele está considerando mudar sua estratégia de defesa e buscar apoio de outros criminalistas importantes do Rio de Janeiro.
As investigações e a operação da PF têm enfraquecido politicamente o governador Cláudio Castro, que já vinha enfrentando tensões e insatisfação por parte de parlamentares da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O caso também coloca em xeque a capacidade de Castro de cumprir promessas feitas aos políticos da Alerj, que até então o haviam protegido de investigações anteriores.
Além disso, a suspeita de que Castro tenha utilizado parte do salário de um funcionário fantasma na Câmara Municipal para pagar parcelas de um carro, em um esquema de “rachadinha”, também contribui para a fragilidade política e jurídica do governador. A situação levou o STJ a autorizar a quebra de sigilos bancários, fiscais e telemáticos do governador, aumentando a pressão sobre Cláudio Castro.
O caso segue em desenvolvimento e tem gerado repercussão não apenas no âmbito político, mas também na opinião pública, uma vez que coloca em xeque a probidade e a integridade do governo estadual do Rio de Janeiro. A resposta do governador e a evolução das investigações serão fundamentais para definir o futuro político de Cláudio Castro e as perspectivas para a governança do estado.