Governador de São Paulo demonstra desconforto com declarações de Lula sobre falta de participação em evento de Minha Casa, Minha Vida.

Na última terça-feira, 19, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), rebateu as declarações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante uma coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes. O motivo do desconforto do governador foi uma fala de Lula, que afirmou que Tarcísio e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), haviam sido convidados para um evento do Minha Casa, Minha Vida, no último sábado, mas optaram por não comparecer.

Na ocasião, Lula ainda afirmou que, se os dois comparecessem, seriam tratados com respeito, pois “educação a gente aprende em casa”. Em resposta, Tarcísio destacou que apesar de ser oposição, sempre tratou as questões do governo federal com respeito e que se dedica a gerar resultados para São Paulo, sem ficar criticando nas redes sociais.

Por sua vez, o prefeito de São Paulo foi ainda mais duro em sua resposta a Lula, afirmando que não participa de eventos relacionados a invasões e que respeita a lista dos inscritos em programas habitacionais. Ele destacou que eventos ligados a invasões, fura-fila e desrespeito à lei não terão sua presença nem apoio.

As declarações de Tarcísio e Ricardo Nunes são uma resposta à participação de Lula em um evento do Minha Casa, Minha Vida no sábado, ao lado do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que tem sua pré-candidatura à Prefeitura de São Paulo impulsionada pelo ex-presidente. O evento foi direcionado ao público do pré-candidato, já que o empreendimento anunciado é uma demanda antiga do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), liderado por Boulos.

Na coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, Tarcísio também destacou que a habitação é prioridade de sua gestão, mencionando que foram entregues 18 mil moradias neste ano por meio do programa estadual Casa Paulista. Ele também ressaltou que sua gestão já está preparada para entregar mais 101 mil residências em breve. A promessa é que em algum momento serão feitas 200 mil entregas.

A troca de declarações evidencia um cenário político polarizado em São Paulo, com oposição e situação utilizando a questão habitacional para marcar posição diante das críticas e desafios enfrentados pelo poder local e nacional.

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