A ferramenta de IA será capaz de assumir o controle do navegador e realizar diversas tarefas, desde pesquisas na web, edição de planilhas, até mesmo compras online. Essa nova funcionalidade, chamada de “agente”, permite que a inteligência artificial não apenas responda a comandos, mas também planeje e execute ações de forma autônoma.
Essa novidade chega poucos dias depois de um concorrente, a Anthropic, ter apresentado uma atualização do seu produto, o Claude 3.5 Sonnet, que também oferece capacidades autônomas de IA. Enquanto os funcionários da Google apelidaram o agente de IA de Jarvis, uma possível referência ao assistente virtual do Homem de Ferro, o nome ainda pode ser alterado antes do lançamento oficial.
Em um evento voltado para empresas realizado em São Paulo no início de outubro, o superintendente de engenharia aplicada à inteligência artificial do Google, Hamidou Dia, destacou a importância do desenvolvimento de agentes de IA para a empresa. Segundo ele, essa tecnologia já está sendo utilizada por clientes corporativos e pode auxiliar em uma ampla variedade de tarefas, desde auxílio a programadores até criação de campanhas publicitárias.
No entanto, especialistas do setor de tecnologia, incluindo o recente ganhador do prêmio Nobel Geoffrey Hinton, alertam para os riscos de conceder cada vez mais autonomia à inteligência artificial. A redução da participação humana na operação desses agentes pode representar desafios e questões éticas a serem consideradas.
Além do desenvolvimento desse novo agente de IA, o Google também planeja anunciar uma versão mais potente da plataforma Gemini, que concorre diretamente com outras soluções de IA como ChatGPT e Claude. Até o momento, o Google não comentou oficialmente sobre essa nova tecnologia.