O Globo de Ouro, considerado a premiação mais popular de Hollywood depois do Oscar, está passando por uma nova fase, especialmente após a mudança de proprietários no ano passado. Regras rígidas foram implementadas, e os votantes foram proibidos de receber presentes e convites para viagens luxuosas, práticas que foram alvo de escândalos revelados dois anos atrás. A nova abordagem, mais ética, trouxe mais seriedade e exigência para os eleitores.
Como parte desse novo processo, tornei-me a destinatária de uma enxurrada de convites, tanto para assistir as produções online como para participar de exibições ao vivo em Los Angeles. As exibições frequentemente eram seguidas por recepções com a presença de diretores e elencos dos filmes, proporcionando a oportunidade de conversar com os criadores e entender melhor o trabalho por trás das produções.
A influência das campanhas se tornou evidente, e os eventos de exibição e recepção acabam desempenhando um papel crucial na influência dos votos, criando uma empatia entre os eleitores e os criadores das obras. Além disso, tornou-se claro o objetivo por trás dos convites e das campanhas, pois os assessores dos filmes em campanha têm a difícil tarefa de atrair o público para assistir suas produções.
Como parte desse processo, me vi obrigada a desenvolver uma estratégia para escolher quais filmes e séries assistir. Optei por começar com longas premiados em festivais, obras de diretores importantes, produções comentadas e, por fim, me aventurar no desconhecido. A variedade internacional das indicações foi algo que me agradou, especialmente pela presença de produções estrangeiras em categorias importantes como Melhor Drama e Melhor Direção.
É evidente que o Globo de Ouro está passando por uma série de mudanças, agora contando com um painel de jurados mais diversificado, com 300 eleitores em 75 países. Que essa nova fase traga mudanças positivas e uma premiação mais alinhada com a qualidade artística e cultural das produções em destaque.