Geraldo Alckmin critica gestão fiscal de Ricardo Nunes em evento de apoio a Boulos na corrida pela prefeitura de São Paulo.

Na tarde de terça-feira, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) fez duras críticas à gestão fiscal do atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB). Durante um evento de apoio a Guilherme Boulos (PSOL), Alckmin afirmou que o emedebista quebrou o governo para tentar vencer a eleição na capital paulista.

Alckmin destacou a queda no superávit primário da Prefeitura de São Paulo, que passou de mais de 3 bilhões em 2021 para 1,5 bilhão em 2022. Além disso, o vice-presidente apontou o déficit primário de mais de 6 bilhões no ano passado e alertou que a situação tende a piorar este ano. Para Alckmin, “quebrar governo para tentar ganhar eleição é subestimar a inteligência e a capacidade de julgamento das pessoas”.

Após oficializar seu apoio a Boulos no segundo turno, Alckmin participou de um evento intitulado “Agora É Boulos da Frente Ampla”, que busca replicar a frente ampla que apoiou o presidente Lula nas eleições presidenciais. O ex-governador de São Paulo elogiou a capacidade do candidato do PSOL em reunir nomes de diferentes campos políticos em prol de sua candidatura.

A presença de Alckmin ao lado de Boulos em uma lanchonete na região central de São Paulo também chamou atenção, mesmo não constando na agenda oficial divulgada para a imprensa. A equipe do candidato do PSOL vê Alckmin como uma figura com capital político e bem avaliada entre o eleitorado paulistano, o que pode ajudar a atrair votos de indecisos e eleitores moderados, além de reduzir a rejeição ao candidato.

Diversos políticos participaram do evento de apoio a Boulos, incluindo o ministro do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), a vice na chapa do PSOL, Marta Suplicy (PT), e o ex-ministro José Dirceu. A presença de Alckmin e o apoio declarado ao candidato do PSOL marcam uma movimentação importante na reta final da corrida eleitoral em São Paulo.

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