Segundo Georgieva, a Argentina, que por muito tempo foi vista como atrasada em termos de reformas econômicas, está avançando rapidamente no ajuste das despesas fiscais, o que tem proporcionado um ambiente favorável para investimentos privados no país. No entanto, apesar de apoiar as medidas de ajuste, tanto o FMI quanto o Banco Mundial têm solicitado ao governo argentino que não se esqueça dos mais vulneráveis.
No país, quase metade da população vive na pobreza, o setor público tem enfrentado uma onda de demissões e manifestações contra as políticas econômicas de Milei têm tomado as ruas. Apesar disso, as previsões do FMI para o Produto Interno Bruto (PIB) argentino continuam sombrias, com uma contração de 2,8% esperada para este ano.
Em relação à América Latina como um todo, Georgieva comemorou o fato de os países da região estarem colocando suas políticas em ordem, o que tem permitido uma redução mais rápida da inflação em comparação com outras partes do mundo.
A expectativa é de que os ajustes fiscais e as reformas em curso na Argentina e em outros países latino-americanos possam trazer mais estabilidade econômica e atrair investimentos externos para a região. No entanto, as preocupações com as camadas mais vulneráveis da sociedade continuam presentes e devem ser consideradas pelos governos na definição de suas políticas econômicas.