No entanto, Barrientos negou veementemente as acusações, afirmando que sua prioridade era proteger a vida dos guatemaltecos durante os protestos e bloqueios. Ele afirmou à mídia local que sua atitude não representava desobediência ou descumprimento de deveres, mas sim uma medida para evitar conflitos e preservar a segurança da população.
A controvérsia em torno das ações de Barrientos surgiu em outubro, quando milhares de pessoas fecharam centenas de pontos de estradas em diferentes regiões do país, incluindo a capital, para exigir a renúncia da procuradora-geral. A situação se tornou ainda mais tensa quando a Procuradoria solicitou à Corte de Constitucionalidade a destituição de Barrientos por sua oposição a deslocar os manifestantes.
Em sua defesa, Barrientos argumentou que sua decisão de não usar a força para remover os bloqueios foi uma medida para evitar uma escalada de violência. Ele reconheceu que o momento foi delicado para todos os guatemaltecos, mas defendeu que a solução não era atacar a população ou incendiar o país em uma guerra civil.
Após a controvérsia, Barrientos renunciou ao cargo em 16 de outubro. Ele afirmou que, se voltasse à mesma situação, tomaria a mesma decisão de priorizar a vida dos guatemaltecos. Para ele, a situação de bloqueios e manifestações, que levaram à sua acusação, era inédita e merecia uma abordagem que evitasse conflitos e danos maiores à população.
A controvérsia em torno das ações de Barrientos e sua renúncia refletem as tensões políticas e sociais que estão em curso na Guatemala, destacando a complexidade das decisões tomadas em meio a protestos e manifestações populares.