No entanto, a questão vai além do jogo em si. A influência do acaso não se restringe apenas ao futebol, mas também pode ser observada em outras áreas da vida. Os filósofos Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, criadores do existencialismo, argumentam que o acaso desempenha um papel fundamental na determinação dos eventos e no destino das pessoas.
A análise da história do futebol revela que detalhes aparentemente insignificantes podem ter um impacto significativo na evolução das equipes e na maneira como o jogo é jogado. A derrota do Brasil para a Itália em 1982 resultou em mudanças táticas e estratégicas que influenciaram a maneira como o futebol é jogado até os dias atuais.
Além disso, a influência de equipes icônicas como a Holanda de 1974 e o Brasil de 1982 mostra como o futebol pode servir de inspiração para transformações no jogo e na forma como as equipes se organizam em campo. A evolução dos meio-campistas e a mudança na abordagem tática das equipes refletem a influência do acaso e a capacidade de adaptação do esporte.
Em última análise, o futebol é um reflexo do mundo em que vivemos, onde o acaso e a imprevisibilidade desempenham um papel fundamental na determinação dos destinos das equipes e no desenvolvimento do esporte. A incerteza e a emoção presentes no futebol são um lembrete de que o futuro não é predestinado, mas sim moldado pelas escolhas que fazemos e pelos eventos imprevistos que ocorrem ao longo do caminho.