Antes de tocar o solo, meteorologistas alertavam que o Furacão Milton poderia ser o pior evento climático do tipo em cerca de cem anos. As ordens de evacuação foram consideradas uma questão de “vida ou morte”, principalmente após a passagem do Helene, que resultou na morte de mais de 230 pessoas em seis estados americanos no final de setembro.
Comparado ao devastador Furacão Katrina, que deixou mais de 1.300 mortos em Nova Orleans em 2005, o Furacão Milton apresentou grande força ao chegar à costa, alcançando a categoria 5, com ventos acima de 252 km/h. Apesar disso, a intensidade do fenômeno diminuiu consideravelmente antes de atingir a Flórida, sendo rebaixado para a categoria 3 e posteriormente para a categoria 2.
A trajetória do Furacão Milton influenciou na dimensão dos danos, uma vez que ele logo atravessou a Flórida e seguiu para o oceano, enquanto o Helene permaneceu em terra por quatro dias, atingindo diversos estados antes de virar tempestade tropical. A preparação e organização prévia para a chegada do Furacão Milton foram apontadas como fatores que contribuíram para um número menor de mortes em comparação com o Helene.
Especialistas destacam que as mudanças climáticas estão tornando os furacões mais intensos, com chuvas e ventos mais fortes. Estudos apontam que o aquecimento global tem contribuído para agravar a intensidade desses eventos climáticos. O impacto do aquecimento global nas diferentes classes sociais também é uma preocupação, evidenciando a importância da preparação e resposta adequadas diante de fenômenos climáticos extremos.