Segundo Nunes, a fuga dos presos em Mossoró foi considerada o evento mais grave da história dos presídios federais, pois representa uma quebra na segurança, que até então era considerada eficiente. O sistema penitenciário federal era reconhecido pela ausência de fugas, rebeliões, assédio sexual e uso de celulares por parte dos internos, o que agora está sendo questionado.
No entanto, Nunes ressaltou a importância de verificar a obediência aos protocolos de segurança, alegando que se estes fossem cumpridos, a fuga não teria ocorrido. Ele destacou a importância de garantir a segurança não apenas por meio de estruturas físicas, mas também por meio do cumprimento rigoroso de procedimentos diários.
A fuga dos detentos em Mossoró ocorreu durante o Carnaval, o que, segundo Lewandowski, facilitou a ação dos presos, já que as pessoas estavam “mais relaxadas do que o normal”. A investigação apontou que os detentos utilizaram um alicate encontrado em uma obra nas instalações da prisão para cortar a estrutura e escaparem. As autoridades não descartam a possibilidade de participação de funcionários da obra ou agentes penitenciários na ação.
Como medida imediata, Lewandowski afastou a direção da penitenciária e nomeou um interventor para comandar a unidade. A troca de gestão visa garantir transparência no processo de análise do trabalho realizado e buscar possíveis falhas de segurança que possibilitaram a fuga dos presos.
A fuga inédita em Mossoró representou um evento marcante para o sistema penitenciário federal, levantando questões sobre a segurança das prisões de segurança máxima do país. A necessidade de aprimorar os protocolos de segurança e de construir muralhas em todas as penitenciárias federais evidenciou a vulnerabilidade do sistema em face de eventos como o ocorrido em Mossoró.