De acordo com a Anac, a solicitação da Fraport Brasil se deu devido às perdas causadas pela inundação do aeroporto Salgado Filho após as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul. A agência ressaltou que o reconhecimento do caráter de caso fortuito da ocorrência é um dos aspectos considerados para o ressarcimento de recursos pela concessionária.
A análise em andamento inclui a avaliação dos prejuízos decorrentes das enchentes e os custos necessários para a reconstrução do aeroporto. Ainda não é possível dimensionar a totalidade das perdas, uma vez que a situação só poderá ser avaliada após a diminuição do volume de água no complexo aeroportuário, que teve suas operações suspensas desde 3 de maio.
Diante desse cenário, a base aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, começou a receber voos comerciais a partir de segunda-feira (27), com a Latam realizando os primeiros voos para o local. A Azul e a Gol também têm previsão para retomar suas operações no aeroporto a partir de sábado (1º), estabelecendo conexões com os aeroportos paulistas de Congonhas, Guarulhos e Viracopos.
Essas medidas fazem parte da malha aérea emergencial elaborada pelo Ministério de Portos e Aeroportos, que estima até 134 voos extras semanais em nove terminais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Canoas receberá cerca de 35 desses voos semanais, ficando logo atrás do aeroporto de Caxias do Sul, na Serra Gaúcha, que tem previsão para receber 39 voos semanais. A expectativa é de que as operações aéreas sejam normalizadas e os impactos da inundação sejam minimizados com essas ações emergenciais.