No início de março, os quatro países mencionados apresentaram um projeto de reforma do Conselho de Segurança, propondo a ampliação do número de membros para 25 ou 26, o que representaria um acréscimo de onze na formação atual. Uma das medidas mais polêmicas do projeto é a suspensão do uso do veto por parte dos novos membros durante um período de 15 anos, visando garantir uma maior fluidez nas decisões do órgão.
No entanto, a proposta enfrenta resistência por parte da Rússia, que se posicionou contrariamente à expansão sugerida. O governo russo argumenta que um Conselho de Segurança com mais de 20 países seria menos eficiente e correria o risco de entrar em paralisia. O Kremlin destacou que não concordaria com a inclusão de países ocidentais como a Alemanha, mas poderia aceitar a entrada do Brasil e Índia.
Por sua vez, a China também se manifestou contra o modelo apresentado, classificando a proposta como “completamente mal-orientada”. Pequim argumenta que a ampliação do Conselho de Segurança apenas aumentaria o desequilíbrio de poder entre as grandes potências e o restante do mundo, demonstrando sua oposição à reforma pretendida pelos quatro países.
Nesse contexto de divergências e posicionamentos distintos, a discussão sobre a reforma do Conselho de Segurança da ONU segue em curso, com diferentes potências globais defendendo suas perspectivas e interesses. A questão da representatividade e da eficácia do órgão continua sendo um tema relevante e complexo nas relações internacionais.