Essa aversão ao telefone parece ser uma característica marcante das gerações mais jovens. Enquanto para os mais velhos falar ao telefone era algo cotidiano, para os jovens de hoje em dia isso se tornou uma fonte de ansiedade. O hábito de se comunicar exclusivamente por mensagens de texto se tornou predominante, com as chamadas sendo reservadas apenas para situações de emergência.
A psicóloga Elena Touroni explica que essa mudança de comportamento pode ser atribuída ao fato de que os jovens não foram expostos às ligações telefônicas desde cedo. Para eles, receber uma ligação inesperada pode significar más notícias, gerando ansiedade e desconforto.
No entanto, essa preferência pelas mensagens de texto e pelas redes sociais não significa que os jovens estejam menos conectados. Pelo contrário, grupos de bate-papo movimentados e a troca de mensagens digitais são cada vez mais comuns entre essa geração. Além disso, as mensagens de voz também têm ganhado espaço, dividindo as opiniões dos mais jovens.
Ainda assim, a aversão às chamadas telefônicas pode afetar o ambiente de trabalho. Profissionais mais jovens tendem a evitar ligações no trabalho, preferindo a comunicação escrita, o que pode causar dificuldades de comunicação e até mesmo atrasos em tarefas.
No entanto, nem todos concordam com essa tendência. Algumas pessoas, como a gerente Ciara Brodie, valorizam as chamadas telefônicas no ambiente profissional, enxergando-as como uma forma mais atenciosa de se comunicar.
Em suma, a mudança de preferência das gerações mais jovens em relação à comunicação por texto em detrimento das chamadas telefônicas não significa uma desconexão, mas sim uma adaptação aos novos meios de comunicação disponíveis. É um reflexo da evolução tecnológica e das mudanças na forma como nos relacionamos, buscando sempre formas mais eficientes de nos comunicar.