As investigações revelaram um cenário assustador, onde Lucchesi se apresentava como ortopedista, traumatologista, endocrinologista e outras especialidades, realizando procedimentos médicos e estéticos, como harmonizações corporais e faciais, peelings e infiltrações. Além disso, ele controlava todos os atendimentos, o faturamento da clínica e as parcerias estabelecidas.
A delegada Gislaine Rios, em entrevista à TV Globo, destacou que as apurações apontam que o suspeito atuava de forma irregular há pelo menos três anos. Após uma denúncia de erro em um procedimento médico, os investigadores descobriram a verdadeira identidade de Lucchesi, um fisioterapeuta sem especialidades que se passava por um médico credenciado.
Atualmente, o suspeito encontra-se preso preventivamente e a defesa ainda não se manifestou. A delegada Rios ressaltou que o faturamento semanal da clínica chegava a R$ 40 mil, o que proporcionava a Lucchesi uma vida de luxo, com viagens ao exterior e diversos carros alugados. A polícia continua investigando o caso e aguarda retorno do Conselho Regional de Fisioterapia para confirmar a formação do suspeito.
A situação de engano e negligência chocou a comunidade local, trazendo à tona a importância da verificação de credenciais e formação profissional antes de submeter-se a qualquer procedimento médico ou estético. As vítimas, tanto pacientes quanto profissionais da clínica, agora buscam por respostas e uma maneira de lidar com as consequências desse caso inusitado e alarmante.