Aos 30 e poucos anos, idade consideravelmente abaixo da média de início da perimenopausa, Adele descobriu que o fisiculturismo extremo pode ter sido um fator contribuinte para a “estagnação” de seu ciclo menstrual. Com apenas 53 kg e 1,7 m de altura, a atleta começou a questionar se a prática exagerada dessa modalidade esportiva teria influenciado o início precoce desse período de transição.
O médico Heather Currie, especialista em ginecologia, especulou que o fisiculturismo extremo poderia, de fato, ter desencadeado a perimenopausa precoce em Adele. Além disso, Currie indicou que, ao interromper a prática de musculação, os ovários da atleta poderiam voltar ao normal.
Adele, agora com 40 anos, abandonou o fisiculturismo e aderiu à terapia de reposição hormonal com um DIU Mirena, que, entre outros benefícios, interrompe completamente a menstruação. Com uma melhora considerável em seus sintomas, ela se recusa a interromper o tratamento para verificar se o ciclo menstrual se recuperou.
A atleta, que agora é treinadora de menopausa, ressaltou a importância de moderação em qualquer prática, seja esportiva ou não, e alertou sobre as implicações à saúde por trás do que, aparentemente, pode ser um esporte atraente e glamoroso.
A história de Adele é um exemplo dos impactos que práticas extremas, como o fisiculturismo, podem causar na saúde das mulheres. Sua experiência levanta questões sobre a relação entre o esporte de alta performance e o início precoce da menopausa, e a necessidade de maiores pesquisas sobre o assunto para garantir o bem-estar das atletas e mulheres em geral.
Além disso, o relato de Adele destaca a importância do reconhecimento e investigação das causas da menopausa precoce, tópicos que estão no cerne de várias campanhas e organizações, como a Gloriah, que buscam trazer à luz essas questões. A história da ex-fisiculturista reflete a necessidade urgente de conscientização e compreensão sobre a menopausa precoce e seus desdobramentos na saúde das mulheres.