O Instituto Água e Terra (IAT) divulgou nesta terça-feira (27) um balanço das ações de fiscalização realizadas durante o defeso da Piracema, período que restringe a pesca de espécies nativas para preservar a reprodução dos peixes. Desde 1º de novembro de 2023, foram realizadas cinco forças-tarefas coordenadas pelo órgão ambiental com apoio do Batalhão de Polícia Ambiental-Força Verde (BPAmb-FV). O resultado dessas operações inclui a apreensão de 194,68 quilos de peixes, emissão de 92 Autos de Infração Ambiental (AIA) e aplicação de multas que totalizam R$ 265.482,72.
As ações se estenderam por 36 municípios do Paraná, totalizando 2.152 quilômetros de navegação. Durante as operações, foram capturados diversos equipamentos de pesca ilegal, incluindo redes de malhas diversas, molinetes, carretilhas, tarrafas, espinhéis, cordas, boias, entre outros. Essas apreensões fazem parte da estratégia de combate à pesca predatória e foram fundamentais para proteger as espécies nativas durante o período de reprodução.
A restrição da pesca durante o defeso da Piracema é uma medida que vem sendo adotada pelo IAT há mais de 15 anos, seguindo normativas do Ibama e do próprio Instituto. A proibição abrange a bacia hidrográfica do Rio Paraná, incluindo o rio principal, afluentes, lagos e demais coleções de água. A partir de quinta-feira (29), a pesca será liberada, desde que respeitando a legislação ambiental vigente.
O gerente de Monitoramento e Fiscalização do IAT, Alvaro César de Góes, ressaltou a importância das ações de fiscalização para coibir a pesca predatória e outros crimes ambientais. Mesmo com o fim da piracema, o Instituto continuará atento para evitar qualquer tipo de infração. Entre as espécies protegidas durante o período estão o bagre, dourado, jaú, pintado, lambari, mandi, entre outros. Não entram na restrição as espécies exóticas introduzidas pelo homem no meio ambiente.
O coordenador das operações de fiscalização do IAT, Antônio Carlos Cavalheiro Moreto, destacou que as ações incluem também a conscientização e educação ambiental, orientando pescadores, turistas e comerciantes sobre a importância de respeitar as normas de pesca. Além das cinco forças-tarefa, o Instituto averiguou denúncias de venda ilegal de peixes em comércios, aplicando multas conforme a legislação vigente.
O diretor-presidente do IAT, Everton Souza, ressaltou que as ações do Instituto vão além da fiscalização, focando também na conscientização e educação ambiental. Durante o período da Piracema, o IAT realizou doações de peixes apreendidos a instituições que desenvolvem trabalhos sociais. A partir de agora, o monitoramento e a fiscalização ambiental seguem em curso para evitar danos à fauna e flora aquática.