A cobra, um macho da espécie Naja kaouthia, está recebendo os cuidados necessários no instituto. Esta espécie, originária da Ásia, é conhecida por ser venenosa, assim como todas as cobras do gênero Naja.
Segundo informações do próprio Butantan, o laboratório onde a cobra foi encontrada não é acessível aos visitantes, ficando distante do Parque da Ciência e dos museus do local. O instituto ressaltou que não houve nenhuma fuga do filhote de cobra na área de visitação pública.
Após o incidente, o Instituto Butantan acionou um plano de contingência e realizou uma investigação interna com o auxílio de câmeras de segurança. Não foi identificado nenhum sinal da cobra fora do laboratório, até que os funcionários escutaram movimentos no duto e conseguiram localizá-la.
A naja-de-monóculo, além de ser venenosa, tem distribuição no sul da Ásia, em países como China, Índia, Tailândia e Vietnã. Pertencente à família Elapidae, as cobras deste grupo possuem presas inoculadoras de veneno e suas picadas podem ser fatais se não for realizado o tratamento adequado com soro antiofídico.
O filhote de naja ganhou o apelido devido ao desenho na parte traseira de sua cabeça, que se assemelha a uma lente de óculos. Além disso, as cobras do gênero Naja são conhecidas por utilizarem seu capelo, ou capuz, como forma de defesa, fazendo-se parecerem maiores.
Este incidente serviu como alerta para reforçar a segurança no Instituto Butantan e garantir que animais perigosos como a naja-de-monóculo permaneçam sob controle e longe do público visitante.