Essa decisão veio após uma determinação da justiça europeia em outubro, que levou representantes de jogadores e clubes a apelarem por um acordo coletivo para regular o mercado de transferências. Um dos casos emblemáticos que colocou em debate essa questão foi o do ex-jogador da seleção francesa Lassana Diarra, que foi condenado em 2016 a pagar uma multa de 10,5 milhões de euros por quebra de contrato com o Lokomotiv Moscou.
Essa situação também levou à discussão sobre a responsabilidade dos clubes interessados em contratar jogadores que estejam envolvidos em problemas contratuais. De acordo com um ponto do regulamento da Fifa, os clubes poderão ser solidariamente responsáveis pela multa nessas situações.
A decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia ressaltou que algumas regras da Fifa relacionadas às transferências internacionais de jogadores podem infringir o direito europeu e dificultar a livre circulação dos atletas profissionais. Para Pieter Paepe, advogado do sindicato FIFPRO, é essencial um acordo coletivo para estabelecer regras claras e justas para as relações trabalhistas entre jogadores e clubes.
Portanto, a Fifa está aberta ao diálogo e à possibilidade de ajustar suas regras de transferências para garantir que estejam alinhadas com a legislação europeia e atendam aos interesses das partes envolvidas no mercado de futebol.