Ferrovia Transnordestina enfrenta dificuldades para obter financiamento e corre risco de atraso de até 10 anos.

A ferrovia Transnordestina, um dos maiores projetos de infraestrutura do país, enfrenta dificuldades para obter o financiamento necessário para a última etapa de sua construção. O projeto, que liga Eliseu Martins (PI) ao porto de Pecém (CE), está sob o comando do grupo CSN, liderado por Benjamin Steinbruch, e prevê que a via esteja totalmente trafegável até 2027, com um atraso de dez anos.

O presidente Lula havia prometido que não faltaria dinheiro para a ferrovia, no entanto, a operação de R$ 3,6 bilhões com o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) ainda não foi autorizada por um decreto. Esta burocracia tem impedido o avanço da obra, que aguarda pelo aval do Ministério da Fazenda há sete meses.

Benjamin Steinbruch já investiu cerca de R$ 4,2 bilhões do caixa da CSN no projeto e se comprometeu a aportar mais R$ 1,5 bilhão. Ele alongou uma dívida de R$ 1,5 bilhão por cinco anos para garantir a conclusão da ferrovia. Metade do valor a ser tomado com o FDNE é conversível em ações pelo governo, o que garantirá uma participação do governo no empreendimento.

A ferrovia Transnordestina sofreu modificações durante o governo Bolsonaro, com um trecho sendo cortado do projeto original. Isso levou a uma discussão sobre as indenizações a serem pagas às empresas responsáveis pelas obras já realizadas. Estima-se que o valor total das indenizações seja de cerca de R$ 4 bilhões, com um custo de aproximadamente R$ 25 milhões por quilômetro construído em direção ao porto de Suape.

O engenheiro civil Tufi Daher, CEO da Transnordestina Logística, tem se empenhado em superar os desafios burocráticos e financeiros para a conclusão dessa importante ferrovia, que promete impulsionar o desenvolvimento da região nordeste do país.

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