Familiares de vítimas recusam velório coletivo em Cascavel e planejam processar companhia aérea após acidente com voo da Voepass

Após o trágico acidente envolvendo o voo da Voepass, pelo menos 18 famílias de vítimas que residem em Cascavel (PR) e arredores rejeitaram a proposta da prefeitura de realizar um velório coletivo no centro de eventos municipal. De acordo com informações, 27 passageiros eram moradores da região.

A administração do prefeito Leonaldo Paranhos iniciou os preparativos para o velório nesta segunda-feira (12), com a instalação de tecidos pretos para delimitar espaços destinados aos familiares, além do transporte de plantas e móveis para suportar os caixões. A secretaria de assistência social está em contato com os parentes das vítimas e informou que 11 deles optaram por velar seus entes queridos em locais privados, enquanto quatro velórios serão realizados em cidades próximas, sendo dois em Guaíra e dois em Toledo. Além disso, alguns corpos serão transportados para outras cidades como Três Barras (PR) e Fernandópolis (SP), e o piloto Danilo Romano foi sepultado na zona leste de São Paulo, sua cidade de residência.

Por outro lado, ainda há a indefinição de três vítimas cujas famílias não foram localizadas pela gestão municipal. Famílias das vítimas planejam uma ação coletiva contra a companhia aérea Voepass, após a finalização do relatório do Cenipa. Advogados e parentes estão discutindo a possibilidade de processar a empresa por negligência na manutenção da aeronave envolvida no acidente. Porém, até o momento, não há provas concretas sobre possíveis falhas na aeronave, que segundo a Anac, estava em condições regulares e certificada.

A Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça, solicitou esclarecimentos à Voepass sobre as condições de suas aeronaves, incluindo modelos, anos de fabricação e revisões periódicas. O órgão mencionou diversas reclamações envolvendo a empresa desde o acidente, incluindo questões como bagagens danificadas, cancelamento de voos sem reembolso e condições precárias das aeronaves. Além disso, a companhia também foi cobrada sobre o atendimento às famílias das vítimas.

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