Oficialmente, o motivo apresentado para a expulsão do embaixador brasileiro está relacionado à pressão exercida pelo Itamaraty em relação à prisão do bispo católico Rolando José Álvarez. No entanto, fontes locais confirmaram que a questão vai muito além disso e que a crise foi instigada pelos próprios nicaraguenses envolvidos no cenário político do país.
Há uma perspectiva internacional de que o Brasil possa atuar como mediador para facilitar um processo de redemocratização na Nicarágua. Entretanto, para Ortega, essa possibilidade representa uma ameaça, levando o governo sandinista a deslegitimar a atuação brasileira na região.
Além disso, os aliados de Ortega estão atentos à postura de Lula em relação ao caso de Nicolas Maduro na Venezuela, especialmente após a recusa do Brasil em reconhecer a vitória dos chavistas nas eleições contestadas. Esses eventos demonstram a complexidade das relações diplomáticas na América Latina e o papel crucial que personalidades políticas influentes, como Lula, podem desempenhar nesses contextos.
A expulsão do embaixador brasileiro na Nicarágua não se resume a um mero desacordo bilateral, mas sim reflete um xadrez político mais amplo, no qual interesses regionais e estratégias de poder estão em jogo. A relação entre Brasil, Nicaragua e demais países da região segue sob escrutínio, enquanto o papel de Lula como figura de destaque na política latino-americana continua a ser alvo de atenção e análise.