Exercícios físicos beneficiam idosos com câncer em estágio avançado, aponta estudo brasileiro apresentado na Asco 2024, maior congresso de oncologia do mundo.

Um novo estudo brasileiro apresentado no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco 2024) revelou que a prática de exercícios físicos pode trazer benefícios significativos para idosos com câncer em estágio avançado. A pesquisa, liderada pelo renomado oncologista Paulo Bergerot, da Oncoclínicas&Co, mostrou que pacientes com mais de 65 anos que seguiram uma rotina de atividade física moderada durante 12 semanas experimentaram melhorias na qualidade de vida e alívio de alguns efeitos colaterais dos medicamentos de imunoterapia e quimioterapia.

Segundo Bergerot, a mensagem principal do estudo é que os pacientes em tratamento oncológico não devem se manter inativos. Pelo contrário, a prática de exercícios físicos pode ser benéfica e essencial para o bem-estar dos pacientes. Todos os 41 participantes do estudo tinham cânceres em estágios avançados e estavam iniciando um tratamento sistêmico com quimioterapia ou imunoterapia. A fim de garantir adesão e continuidade na atividade física, os pesquisadores adotaram uma abordagem personalizada, com cada participante tendo sua própria rotina de exercícios elaborada por um educador físico.

Ao final das 12 semanas, os participantes apresentaram uma melhora significativa na qualidade de vida, com um aumento médio de 10 pontos na escala FACT-G, que avalia o bem-estar físico, social, emocional e funcional dos pacientes. Além disso, a prática de exercícios físicos também contribuiu para atenuar alguns dos sintomas do câncer e dos efeitos colaterais dos tratamentos. Esses resultados mostram a importância de incluir a atividade física como parte integrante do tratamento de pacientes idosos com câncer em estágio avançado.

Portanto, fica evidente que a prática de exercícios físicos pode trazer benefícios concretos para os pacientes oncológicos, mesmo em casos de câncer avançado. Essa abordagem personalizada e adaptada às necessidades individuais dos pacientes pode ser uma ferramenta valiosa para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar geral durante o tratamento da doença.

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