Ex-primeira-dama Carla Bruni é acusada pela Justiça em investigação sobre campanha eleitoral de 2007 na França.

A ex-primeira-dama da França, Carla Bruni, foi acusada pela Justiça em meio a uma investigação relacionada à campanha eleitoral de 2007 de seu marido, o ex-presidente Nicolas Sarkozy. A acusação se baseia em suspeitas de que Sarkozy teria recebido milhões de euros do ditador líbio Muammar Gaddafi para financiar sua campanha eleitoral.

As acusações surgiram a partir das declarações do empresário franco-libanês Ziad Takieddine, que inicialmente afirmou ter entregado dinheiro vindo de Khaddafi à equipe de campanha de Sarkozy. No entanto, posteriormente ele voltou atrás em sua versão dos fatos.

O processo judicial contra Nicolas Sarkozy está previsto para ocorrer em 2025, e a acusação a Carla Bruni ocorreu dentro desse contexto. A Justiça busca esclarecer as mudanças na versão de Takieddine e suspeita de pressões realizadas por pessoas próximas a Sarkozy.

Carla Bruni é suspeita de apagar mensagens trocadas com Michele Marchand, proprietária de uma agência de paparazzi, no mesmo dia em que Marchand foi acusada de manipulação de testemunhas, sendo Takieddine a testemunha em questão. Bruni nega veementemente ter cometido algum crime e seus advogados afirmam que a acusação é infundada e sem fundamentos jurídicos.

Além desse processo, Nicolas Sarkozy enfrenta outras acusações na Justiça, incluindo uma condenação à prisão por corrupção e tráfico de influência durante seu mandato, no caso das escutas ilegais envolvendo a herdeira da L’Oréal, Liliane Bettencourt. Há ainda outra ação pendente por gastos irregulares na campanha de 2012.

O ex-presidente francês nega todas as acusações e seus advogados estão recorrendo das decisões judiciais. A complexidade dos processos judiciais envolvendo Sarkozy e Bruni demonstra a gravidade das suspeitas e a importância das investigações em curso.

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