Ex-presidente do Peru condenado a 20 anos de prisão por envolvimento no caso da Odebrecht: “Sou inocente”, diz Toledo.

O escândalo de corrupção envolvendo a Odebrecht no Peru continua a abalar as estruturas políticas do país, com mais um ex-presidente sendo condenado por seus envolvimentos. Desta vez, é Alejandro Toledo, que governou o país entre os anos de 2001 e 2006.

Segundo as investigações do Ministério Público, o esquema de corrupção da Odebrecht também atingiu outros ex-presidentes peruanos, como Alan García, que acabou se suicidando em 2019 para evitar ser preso, Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski. Toledo, por sua vez, sempre negou qualquer participação nas atividades ilícitas da empreiteira.

No julgamento que culminou com sua condenação a 20 anos de prisão, Toledo manteve sua postura de inocência. Em suas últimas palavras antes da sentença, o ex-presidente afirmou categoricamente: “Sou inocente, nunca fiz nenhum acordo com o senhor Barata”, referindo-se ao diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Simões Barata.

Toledo ainda fez um apelo emocionado aos juízes presentes, solicitando que seu estado de saúde fosse levado em consideração. Ele revelou estar enfrentando problemas de saúde, como câncer e questões cardíacas, e pediu permissão para se tratar em uma clínica privada ou mesmo em casa.

Apesar de sua defesa insistir na inocência do ex-presidente, o tribunal decidiu pela condenação de Toledo, mais um capítulo sombrio na história política do Peru marcada pela corrupção. O caso da Odebrecht segue sendo investigado e revelando os tentáculos da corrupção que se estendem por vários países da América Latina.

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