Ex-presidente da Argentina renuncia à liderança do partido após ser indiciado por agressões contra ex-primeira-dama Fabiola Yáñez

O ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, renunciou hoje à liderança do Partido Justicialista, um dia após ser indiciado por supostas agressões contra a ex-primeira-dama Fabiola Yáñez. O Ministério Público argentino acusou Fernández de lesões graves, ameaças e abuso de poder, após Yáñez prestar depoimento e denunciar agressões físicas e verbais frequentes, além de terrorismo psicológico.

Essa renúncia ocorre em meio a um cenário político conturbado, já que Fernández também estava sendo investigado por desvio de verbas durante seu mandato como presidente. Além disso, o escândalo das agressões ganhou projeção internacional quando fotos de Yáñez machucada foram divulgadas pela imprensa. A ex-primeira-dama afirmou que o ex-presidente a pressionou a abortar em 2016 e que o relacionamento deles era marcado por assédio e violência doméstica.

Após a renúncia, Fernández justificou sua decisão afirmando que queria preservar o partido das acusações feitas contra ele. Ele nega as acusações e espera que a Justiça atue de forma justa. O ex-presidente afirmou estar se sentindo ferido emocionalmente com toda a situação e ressaltou seu compromisso com a defesa de sua inocência.

O caso abalou a política argentina, com críticas tanto de opositores quanto de aliados de Fernández. O atual presidente, Javier Milei, e a ex-vice-presidente, Cristina Kirchner, manifestaram desaprovação pelos atos atribuídos ao ex-presidente. Agora, o Partido Justicialista terá que lidar com a renúncia do seu líder em meio a um cenário de incertezas e pressões.

A renúncia de Alberto Fernández marca um capítulo turbulento na história política argentina, com reflexos tanto no partido quanto na opinião pública. Resta aguardar os desdobramentos das investigações e saber como o Partido Justicialista irá lidar com essa crise interna e com as acusações contra seu ex-líder.

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