Ex-editor colombiano do Planeta, agora ministro da Cultura, critica postura passiva de editores: “Não vão conseguir nada”

O renomado editor colombiano Juan David Correa, ex-diretor da editora Planeta e atual Ministro da Cultura, destacou a importância do papel dos editores como gestores culturais em uma entrevista exclusiva concedida à imprensa. Correa enfatizou que os editores não podem simplesmente esperar passivamente pelos próximos best-sellers, mas precisam ser ativos na construção de um catálogo diversificado e rico em obras.

A mudança de Correa da editora para o governo foi marcada por polêmicas, especialmente após uma decisão de censura que culminou na sua saída da empresa. Motivado por questões éticas, o editor optou por deixar a Planeta e aceitar o convite para assumir a pasta da Cultura sob a gestão do presidente Gustavo Petro.

Durante sua estadia em São Paulo para participar da Bienal do Livro, Correa ressaltou a importância do diálogo entre editores e profissionais envolvidos em políticas culturais. Ele defendeu a necessidade de um engajamento ativo na divulgação de livros, destacando a importância de criar um catálogo diversificado para atrair interesse do público.

Correa também abordou a necessidade de desaprender modelos tradicionais de edição impostos por grandes grupos editoriais, e enfatizou a importância de ser curioso e amável na profissão de editor. Para ele, criar e cultivar um ecossistema literário favorável ao desenvolvimento de novos autores é essencial para o crescimento do mercado editorial.

A participação da Colômbia como país convidado na Bienal do Livro foi bem recebida pela Câmara Brasileira do Livro, que destacou a importância da aproximação entre as culturas colombiana e brasileira. Além disso, a presença de editores colombianos na feira abre oportunidades para futuras colaborações e intercâmbios culturais.

A entrevista com Juan David Correa na Bienal do Livro ressaltou a importância do papel dos editores na promoção da diversidade cultural e literária, bem como a relevância de eventos como a Bienal para fortalecer os laços entre os países e fomentar projetos de cooperação no campo editorial.

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