Ex-diretor da A360 admite manipulação de notícias para proteger Trump durante campanha de 2016 em depoimento nos EUA.

Um escândalo envolvendo o ex-diretor executivo da A360 veio à tona durante um julgamento em Nova York, no mês de abril. O conglomerado de mídia, que controla o National Enquirer e outras publicações americanas, admitiu ter comprado e “enterrado” histórias que poderiam prejudicar a campanha do então candidato à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2016.

Segundo as informações reveladas durante o julgamento, o ex-diretor pagou valores expressivos para adquirir o silêncio de indivíduos com informações comprometedoras sobre o presidente americano. Uma das histórias envolvia um suposto filho bastardo de Trump, que se provou falsa, e outra era referente a um caso romântico do presidente com uma ex-modelo da Playboy, Karen McDougal.

Embora o pagamento por entrevistas não seja ilegal nos Estados Unidos, muitas publicações optam por não fazer esse tipo de transação por questões éticas. No entanto, casos semelhantes já foram registrados no passado, como o pagamento feito pelo New York Times a um sobrevivente do Titanic para obter sua versão dos fatos sobre o naufrágio em 1912.

O depoimento prestado durante o julgamento também revelou que o ex-diretor da A360 teria influenciado a aparição do jogador de golfe Tiger Woods na capa de uma revista por meio de ameaças de publicar fotos comprometedoras do atleta. Além disso, um caso relatado envolveu o magnata Jeff Bezos, acusando o National Enquirer de tentar chantageá-lo usando fotos de um encontro extraconjugal.

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