No depoimento, Assange admitiu ter encorajado sua fonte, a ex-analista militar americana Chelsea Manning, a fornecer material confidencial que resultou no grande vazamento. Cansado, mas visivelmente relaxado, ele afirmou que aceitou o princípio da “uma confissão de culpa”, deixando o Reino Unido, onde esteve preso por cinco anos, para enfrentar o julgamento nas Ilhas Marianas do Norte, escolhido devido à sua recusa em viajar para o continente americano.
O ex-hacker foi processado apenas por uma acusação de “conspiração para obter e divulgar informações de defesa nacional”, de acordo com os documentos judiciais. Sua aparição no tribunal marcou o início de um novo capítulo em sua longa batalha legal, que durou quase 14 anos desde o vazamento dos documentos confidenciais dos EUA.
Assange, conhecido por sua atuação controversa no cenário político internacional, enfrentou críticas e elogios ao longo de sua carreira. Sua defesa argumenta que ele agiu em prol da transparência e da liberdade de informação, enquanto seus críticos o acusam de colocar em risco a segurança nacional. O desfecho deste julgamento será aguardado com expectativa em todo o mundo, pois poderá estabelecer um importante precedente no que diz respeito à divulgação de informações confidenciais.