A postura adotada por Washington representa um avanço em relação ao posicionamento anterior, que apenas solicitava a apresentação de documentação que comprovasse a vitória de Nicolás Maduro. O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) venezuelano, controlado pelo chavismo, declarou Maduro vencedor com 51% dos votos, porém ainda não apresentou documentos que sustentem esses números.
Os EUA têm apoiado a restauração das normas democráticas na Venezuela e estão abertos a fortalecer o processo em conjunto com parceiros internacionais. A ausência de evidências que confirmem o resultado anunciado pelo CNE e as supostas irregularidades apontadas por observadores independentes colocam em dúvida a legitimidade da eleição.
Blinken ressaltou que mais de 80% das atas eleitorais divulgadas pela oposição venezuelana indicam a vitória de González de forma incontestável. Observadores independentes e pesquisas de boca de urna apoiaram esses resultados. O secretário de Estado condenou as ameaças de Maduro contra González e María Corina Machado como antidemocráticas.
Além dos Estados Unidos, o Brasil e outros países têm acompanhado de perto a situação na Venezuela. Lula conversou com Joe Biden e indicou que não via anormalidades no processo eleitoral. No entanto, o posicionamento brasileiro tem sido de cobrar a divulgação das atas e uma verificação imparcial dos resultados da eleição. Em conjunto com México e Colômbia, o Brasil pediu uma revisão justa dos resultados eleitorais no país vizinho.