EUA impõem sanções a autoridades venezuelanas em meio a pressão internacional por eleições justas e democráticas

Na última quinta-feira, o governo dos Estados Unidos decidiu impor sanções econômicas a 16 funcionários venezuelanos, incluindo autoridades eleitorais, da Suprema Corte, da Assembleia Nacional, das Forças Armadas e dos serviços de inteligência. Essas medidas fazem parte de um movimento contínuo de pressão contra o regime do presidente Nicolás Maduro.

Essa não é a primeira vez que os EUA tomam essa atitude em relação à Venezuela. Ao longo do tempo, mais de 100 venezuelanos e 100 entidades foram alvo de sanções por parte do governo americano. Inclusive, o próprio presidente Maduro foi acusado de envolvimento com narcotráfico, o que intensificou a postura dos Estados Unidos em relação ao país sul-americano.

O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Kirby, afirmou que agora cabe a Maduro decidir o que é melhor para seu povo. E deixou claro que, caso o presidente venezuelano não tome as medidas consideradas adequadas, novas sanções poderão ser aplicadas. No entanto, ele não especificou quais seriam essas possíveis ações futuras.

É importante ressaltar que o setor petrolífero venezuelano foi poupado dessa última rodada de sanções, o que beneficia empresas como a americana Chevron, a espanhola Repsol e a francesa Maurel & Prom, que continuam autorizadas a operar no país.

Por outro lado, a postura dos Estados Unidos em relação às eleições na Venezuela também é motivo de tensão. Assim como outros países, os EUA reconhecem o opositor venezuelano Edmundo González Urrutia como vencedor das últimas eleições, o que contraria a narrativa do governo de Maduro.

Diante desse cenário de pressão internacional e de tensões políticas, a chancelaria venezuelana classificou as sanções americanas como medidas coercitivas e um novo crime de agressão. O futuro das relações entre os dois países parece incerto, com possíveis desdobramentos nos próximos meses.

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