EUA apoiam mandado de prisão contra Putin pelo TPI, Rússia nega crimes de guerra na Ucrânia e acusa Ocidente de difamação.

No ano passado, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez uma declaração que gerou polêmica ao afirmar que a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de emitir um mandado de prisão para o presidente russo Vladimir Putin era justificada. Essa afirmação veio após os Estados Unidos compartilharem detalhes dos supostos crimes de guerra russos na Ucrânia com o TPI.

A Rússia, por sua vez, negou veementemente as acusações e classificou o mandado de prisão contra Putin como uma tentativa sem sentido do Ocidente de manchar a reputação do país. Segundo autoridades russas, não houve crimes de guerra na Ucrânia e o Ocidente estaria ignorando os crimes cometidos pelo outro lado do conflito, uma posição que também é negada pelas autoridades ucranianas.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, fez duras críticas aos Estados Unidos, afirmando que Washington não reconhece a legitimidade do TPI em relação a si mesmo e a seus aliados. Para Zakharova, a postura dos americanos é intelectualmente absurda.

Por outro lado, o Kremlin considerou a emissão do mandado contra Putin como ultrajante e juridicamente nula, argumentando que a Rússia não é signatária do tratado que criou o TPI. É importante ressaltar que Israel também não faz parte do TPI, enquanto os territórios palestinos foram admitidos como Estado membro em 2015.

Essa situação complexa evidencia as tensões geopolíticas existentes e a falta de consenso internacional em relação ao papel e à legitimidade do Tribunal Penal Internacional em processos que envolvem líderes de países poderosos. A polêmica em torno do mandado de prisão contra Putin reflete as disputas de interesses e narrativas presentes no cenário internacional atual.

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