A expansão das milícias, que eram as que mais cresciam até 2021, teria sido freada por crises internas, de acordo com a série histórica do Mapa dos Grupos Armados. Os conflitos internos dessas organizações teriam se intensificado com a morte de Ecko, então chefe da maior milícia do Rio, em junho de 2021. Essas divisões internas teriam proporcionado uma oportunidade para o Comando Vermelho identificar as disputas e tentar retomar territórios.
Os dados utilizados no estudo são baseados em chamados da população ao serviço do Disque Denúncia, evidenciando a presença do tráfico de drogas ou das milícias em determinadas áreas. No entanto, os percentuais de controle de território de cada grupo são aproximados, o que pode não refletir com precisão as mudanças no domínio territorial durante as disputas entre essas organizações.
Segundo especialistas, como Daniel Hirata, coordenador do GENI-UFF, o Comando Vermelho tem avançado de forma significativa na Baixada Fluminense, apostando em retomar áreas perdidas devido às crises internas das milícias. Por outro lado, José Cláudio Souza Alves, sociólogo e professor da UFFRJ, ressalta que as milícias continuam sendo as que mais crescem, apesar dos esforços do Comando Vermelho em recuperar espaços na Zona Oeste e na Baixada Fluminense.
Diante desse cenário, a violência e a fragilidade da segurança pública no Rio de Janeiro continuam sendo preocupações constantes, exigindo ações efetivas por parte das autoridades para combater essas organizações criminosas e garantir a segurança da população.