Os pesquisadores investigaram dois cenários futuros distintos: um em que as emissões de poluentes são reduzidas (RCP 4.5) e outro em que as emissões continuam em níveis elevados (RCP 8.5). Esses cenários são representados pelo termo RCP, que significa “Caminho de Concentração Representativa”, e indicam a quantidade de gases poluentes, como o dióxido de carbono, que estarão presentes na atmosfera até o ano 2100.
Ao considerarem a temperatura máxima anual, os cientistas identificaram que haverá um aumento generalizado em todo o estado de São Paulo. As temperaturas máximas podem subir entre 3ºC e 4ºC, chegando até 6ºC na região central do estado. No entanto, as regiões litorâneas, como a Baixada Santista e o litoral norte, devem ter aumentos menores devido à influência moderadora do oceano, com variações de 0,5°C a 1,5°C.
Além disso, tanto o litoral quanto as demais regiões do estado enfrentarão outros tipos de eventos extremos, como alternância entre períodos de seca e chuvas intensas, que podem resultar em escorregamentos de encostas, inundações e erosões. As ondas de calor também devem se tornar mais frequentes e prolongadas, com projeções de 25 a 50 dias adicionais no sul do estado, mesmo no cenário mais otimista.
Diante dessas projeções alarmantes, fica evidente a urgência de adotar medidas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e garantir a sustentabilidade e resiliência do estado de São Paulo diante dos desafios futuros.