O nirsevimabe, comercializado pelo nome Beyfortus e fabricado pela farmacêutica Sanofi em parceria com a AstraZeneca, é um anticorpo monoclonal que impede a penetração do vírus nas células. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso desse medicamento para a prevenção do VSR em crianças, e a recomendação se estende para crianças de até dois anos de idade que permanecem vulneráveis à doença grave causada pelo vírus.
O estudo envolveu 8.058 bebês de até 12 meses e mostrou que a eficácia do nirsevimabe foi de 83,2% na proteção contra a hospitalização causada pelo VSR, e de 75,7% na proteção contra a infecção do trato respiratório inferior, sem necessidade de hospitalização. Além disso, a segurança do medicamento foi comprovada, com baixa incidência de efeitos adversos.
Até então, o único remédio disponível contra o vírus era o palivizumabe, indicado somente para quadros graves de infecções respiratórias. Recentemente, a FDA aprovou outros imunizantes contra VSR, um para aplicação em idosos, produzido pela GSK, e outro da Pfizer, indicado para gestantes, protegendo bebês antes do parto.
No Brasil, a Anvisa aprovou a vacina que protege idosos do VSR, e a Pfizer solicitou um pedido de registro para sua vacina indicada para gestantes, cuja indicação é proteger bebês contra bronquiolite, mas o pedido ainda está em análise.
Portanto, os resultados desse estudo e as aprovações recentes de outros imunizantes contra o VSR apontam para avanços significativos na prevenção de infecções respiratórias em bebês e grupos de risco. A utilização do nirsevimabe mostra-se promissora na proteção dessas crianças contra o VSR, diminuindo a ocorrência de internações hospitalares e complicações graves decorrentes desse tipo de infecção.