Estudo de gêmeos finlandeses sugere que exercício pode ter um impacto menor na longevidade do que se pensava!

Um estudo finlandês intitulado “Finnish Twins Cohort Study” causou impacto ao revelar que a atividade física de lazer tem pouco efeito direto na expectativa de vida. A pesquisa contradiz o que muitos estudos anteriores apontavam sobre a relação entre a prática de exercícios e a longevidade.

Esta conclusão é surpreendente, uma vez que estudos anteriores apontavam consistentemente que as pessoas que praticam mais exercícios costumam viver mais. No entanto, é importante considerar que o comportamento humano e a biologia são complexos e interagem com a sociedade e o meio ambiente de diversas maneiras.

Um dos desafios ao tentar compreender o impacto da atividade física na longevidade é a dificuldade em isolar o efeito causal único da complexidade da vida das pessoas. No entanto, os pesquisadores da Universidade de Jyväskylä, na Finlândia, utilizaram a abordagem de estudar gêmeos para tentar compreender melhor essa relação.

O estudo utilizou questionários de exercícios aplicados a 11.000 pares de gêmeos adultos do mesmo sexo em 1975, 1981 e 1990, e vinculou isso aos registros de óbitos até o ano de 2020. Os resultados mostraram que os mais ativos tiveram uma taxa de mortalidade 24% menor em comparação com os menos ativos. No entanto, a análise também revelou que, ao considerar fatores como tabagismo, consumo de álcool e índice de massa corporal (IMC), a ligação entre exercício e longevidade foi muito reduzida.

Isso levanta questionamentos sobre o papel do exercício na longevidade. A pesquisa sugere que o exercício pode ter um papel menor do que se pensava anteriormente, mas também ressalta que o exercício pode prevenir doenças e incapacidades, melhorar o humor e a qualidade de vida em geral, o que muitos considerariam resultados mais significativos do que apenas o tempo de vida.

Diante dessas descobertas, torna-se fundamental aprimorar a compreensão das razões pelas quais o exercício pode influenciar a longevidade. Além disso, a pesquisa reforça a importância de esforços sociais e ambientais, como a manutenção de espaços verdes de alta qualidade, para apoiar estilos de vida saudáveis.

Embora o estudo ainda não tenha sido revisado pelos pares, sua premiação nacional de medicina desportiva na Finlândia confere certo grau de credibilidade aos resultados apresentados. Porém, é importante ressaltar que mais pesquisas e estudos são necessários para aprofundar o entendimento sobre a relação entre exercício e longevidade e seus impactos na saúde da população.

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