Enquanto isso, Jeferson Muniz, de 25 anos e irmão de Juliana, também enfrentava os sintomas da doença, ficando afastado do trabalho por cinco dias. A família, que já havia enfrentado a dengue em fevereiro com a própria mãe, sentiu na pele as consequências da falta de estrutura e condições sanitárias precárias da região onde vivem, cercada de mato, lixo e água parada.
A população da Cidade Estrutural, assim como em várias áreas periféricas, é mais vulnerável à disseminação da dengue devido às condições precárias de moradia, falta de saneamento básico, desemprego e dificuldade de acesso à saúde. Segundo o médico infectologista José Davi Urbaez, as condições sociais são determinantes para o avanço da doença.
A situação no Distrito Federal se agrava com o alto número de casos e mortes causadas pela dengue. Até o sábado, 2 de março, haviam sido registrados 77 óbitos confirmados na região, o que representa quase 30% do total de mortes no país. Já foram mais de 102.757 diagnósticos da doença no DF, sendo as áreas periféricas as mais afetadas.
O médico Hemerson Luz destaca a importância da prevenção da dengue, que pode ser realizada com medidas simples, como eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti. Um dos desafios é conscientizar a população sobre a responsabilidade de cada um na prevenção da doença.
Enquanto isso, histórias como a de Joseana Rosa, cuidadora de idosos que enfrentou os sintomas da dengue após superar a covid-19, evidenciam a gravidade da doença e a necessidade de atenção aos sintomas. O combate à dengue é uma responsabilidade de todos, desde os órgãos públicos até os cidadãos, para evitar que mais vidas sejam afetadas pela doença.