Zambrano relata que a violência no Haiti está atingindo níveis alarmantes, com gangues se tornando cada vez mais ousadas e realizando ataques a locais como delegacias, bancos e até mesmo o aeroporto. O clima de guerra civil se torna evidente, levando o governo a declarar estado de emergência e toque de recolher em Porto Príncipe.
Apesar do cenário de insegurança, Zambrano e sua esposa, Carolina da Silva, decidiram permanecer no Haiti, onde trabalham em uma organização cristã. O casal está em processo de adoção de três dos seus quatro filhos, o que os motiva a permanecer no país mesmo diante dos riscos crescentes.
Durante seu período em cativeiro, Zambrano vivenciou momentos de incerteza e reflexão. Ele compartilha a experiência de estar isolado, alimentado apenas duas vezes ao dia, e ter que lidar com o temor da morte iminente. Em meio a essa situação angustiante, Zambrano encontrou conforto na oração e na convicção de que Deus estava no controle.
Além de sua própria história, Zambrano narra a experiência de fazer amizade com outros sequestrados e soldados do grupo criminoso responsável por sua captura. Ele destaca um dos momentos mais marcantes de sua experiência, quando um dos sequestradores revelou sua amargura e desejo de abandonar a vida de crime.
A libertação de Zambrano foi possível graças à coragem e determinação de sua esposa, que negociou com os sequestradores e conseguiu reduzir o resgate para um valor acessível. Após 13 dias de cativeiro, Zambrano foi finalmente liberado e reuniu-se com sua família em segurança.
A história de Esteban Zambrano é um retrato das dificuldades enfrentadas pelos cidadãos no Haiti e da resiliência necessária para sobreviver em um ambiente de extrema instabilidade. Sua experiência nos lembra do impacto devastador da violência e da importância da esperança e da fé para superar momentos de adversidade.