É alarmante notar que a maioria esmagadora das vítimas de estupro são mulheres, com 88,2% dos casos, e que 61,6% delas são menores de 14 anos, configurando estupro de vulnerável. São números que refletem uma realidade preocupante e que evidenciam a necessidade de ações mais efetivas por parte das autoridades e da sociedade em geral para combater esse tipo de violência.
Quando se trata de denunciar casos de violência sexual, é importante ressaltar que as vítimas têm direito a atendimento médico e psicológico, mesmo sem a necessidade de registrar um boletim de ocorrência. No entanto, para realizar o exame de corpo de delito, o boletim é indispensável, pois pode fornecer provas cruciais em um eventual processo judicial.
Em situações de flagrante de violência sexual, o número 190 da Polícia Militar é a melhor opção para denunciar a agressão, além do Ligue 180, que recebe denúncias de violência doméstica e orienta as vítimas sobre os serviços de acolhimento disponíveis. Além disso, as vítimas de estupro têm o direito legal de buscar atendimento em hospitais com serviços de ginecologia e obstetrícia, onde receberão medicação de prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, suporte psicológico e, se necessário, interrupção da gestação de forma legal.
Diante desse cenário alarmante, é essencial que haja um esforço conjunto da sociedade, das autoridades e dos órgãos competentes para combater a violência sexual contra a mulher e garantir que as vítimas recebam o apoio e a proteção necessários em momentos tão delicados.