O anúncio vem em meio a uma escalada de tensões na região, após o Exército americano ter realizado ataques contra quatro mísseis dos rebeldes huthis que representavam uma “ameaça iminente” para os navios mercantes e militares, de acordo com um funcionário americano.
Esta é a terceira operação em menos de uma semana pelos Estados Unidos contra os huthis, que alegam atacar a partir do país mais pobre da Península Arábica em solidariedade aos palestinos de Gaza, território bombardeado e sitiado por Israel. A classificação dos huthis como “entidade terrorista global especialmente designada” deve acarretar sanções e restrições financeiras e de viagens para o grupo.
A medida é mais um capítulo na longa e complexa guerra civil no Iêmen, que já dura mais de seis anos e envolve uma série de atores internos e externos. Os huthis, que têm o apoio do Irã, controlam a capital do Iêmen, Sanaa, e grande parte do norte do país. Enquanto isso, o governo reconhecido internacionalmente, apoiado pela Arábia Saudita, controla o sul.
A escalada das tensões no Mar Vermelho e a reclassificação dos huthis como uma “entidade terrorista” também aumentam as preocupações sobre a segurança do transporte marítimo na região, por onde passa uma parte significativa do comércio global. O Iêmen é estrategicamente localizado no Estreito de Bab el-Mandeb, uma passagem crucial para o tráfego marítimo entre o Mar Vermelho e o Oceano Índico.
Diante desse cenário, a comunidade internacional está atenta ao desdobrar dos acontecimentos e às possíveis repercussões da classificação dos huthis como uma “entidade terrorista global especialmente designada” pelos Estados Unidos. A guerra civil no Iêmen continua sendo um dos mais graves conflitos contemporâneos, com impacto humanitário devastador e implicações geopolíticas significativas.