Segundo Kenneth Dintzer, representante do Departamento de Justiça, o caso trata do futuro da internet, afirmando que o Google iniciou em 2010 a manutenção ilegal de seu monopólio. O Departamento de Justiça acusa o Google de pagar bilhões de dólares a fabricantes de dispositivos, empresas de telefonia sem fio e fabricantes de navegadores para manter uma participação de mercado de cerca de 90%.
Além disso, Dintzer alega que o Google manipulou leilões de anúncios na internet para aumentar os preços para os anunciantes. Ele afirma que as configurações padrão e a escala do Google são poderosas, e que a empresa manteve ilegalmente seu monopólio por mais de uma década.
Segundo Dintzer, as consequências desse monopólio são menos inovação por parte do Google e menos atenção a preocupações como a privacidade. Ele também afirmou que o departamento encontrou evidências de que o Google tomou medidas para proteger as comunicações sobre os pagamentos feitos a empresas como a Apple.
A defesa do Google alega que sua participação de mercado se deve ao fato de ser um mecanismo de busca rápido e eficaz, além de ser gratuito. A empresa argumenta que os consumidores podem excluir o aplicativo do Google de seus dispositivos ou usar outros mecanismos de busca alternativos.
Os argumentos iniciais foram apresentados em um tribunal federal em Washington, DC. O julgamento deve durar até dez semanas, com duas fases. Na primeira fase, o juiz decidirá se o Google violou a lei antitruste e, se isso for constatado, decidirá a melhor forma de resolver o problema.
A batalha legal contra o Google tem implicações importantes para as Big Techs, que têm sido acusadas de sufocar pequenos concorrentes. Julgamentos antitruste importantes anteriores incluem o da Microsoft, em 1998, e o da AT&T, em 1974. A divisão da AT&T em 1982 é creditada por abrir caminho para a indústria moderna de telefonia celular, e a luta com a Microsoft é creditada por abrir espaço para o Google e outros na internet.