O programa, que começou a aceitar inscrições na última segunda-feira (19), tem gerado controvérsia por supostamente desrespeitar a legislação de imigração dos Estados Unidos. Os estados alegam que a administração Biden está contornando o Congresso ao implementar a medida, visando ganhos políticos.
Anunciada em junho, a política em questão tem potencial para beneficiar cerca de 500 mil cônjuges sem documentos, tornando-se a medida mais abrangente sobre o tema em uma década. Os contemplados terão proteção contra a deportação e poderão trabalhar legalmente no país.
O programa é destinado aos cônjuges de cidadãos americanos que cruzaram a fronteira ilegalmente e estão em processo de obtenção de residência nos EUA. A medida permite que essas pessoas solicitem residência permanente sem sair do país, evitando um processo longo e mantendo a unidade familiar.
Os republicanos, que têm na imigração ilegal o foco da eleição presidencial de 5 de novembro, contam com o apoio da America First Legal, organização jurídica conservadora liderada por Stephen Miller, ex-conselheiro de Donald Trump. Miller classifica o programa de Biden como “descaradamente ilegal”, enquanto a Casa Branca defende a iniciativa como promotora da união familiar e do fortalecimento econômico.
O estado do Texas, cujo governador é o republicano Greg Abbott, também integra a ação contra o governo Biden. Este estado tem se envolvido em disputas judiciais com a administração democrata em questões relacionadas à imigração e à fronteira.
O embate entre republicanos e democratas sobre as políticas de imigração promete ser um ponto central durante a eleição presidencial, na qual Joe Biden busca a reeleição contra a candidata democrata Kamala Harris. A ação judicial contra o programa de imigração de Biden reflete as divergências políticas e ideológicas na sociedade americana atual.