Estado de ‘conflito armado interno’ no Equador após onda de violência relacionada às drogas

Uma onda de violência relacionada ao tráfico de drogas assola o Equador, deixando um saldo de pelo menos dez pessoas mortas. A situação é tão alarmante que o presidente do país teve que declarar estado de “conflito armado interno” e enviar as forças armadas para as ruas. Tudo começou quando traficantes armados invadiram uma estação de televisão ao vivo, deixando a população em pânico.

Segundo especialistas, o medo se espalha rapidamente, com vídeos de gangues circulando nas redes sociais, ameaçando sequestrar policiais. O coordenador do programa de investigação, ordem, conflito e violência da Universidade Central do Equador, Luis Cordova Alarcon, alerta para a evidência concreta de que o governo enfrenta dificuldades para fazer uma reforma policial eficaz, com instituições totalmente infiltradas pelo crime organizado.

Para Alarcon, a incapacidade do Estado equatoriano em implementar decisões tomadas pelo governo é evidente. Isso é comprovado pelo fato de que líderes de grupos criminosos, como o líder dos Lobos e o líder dos Choneros, conseguiram escapar da prisão e retomar suas atividades sem que as autoridades tivessem conhecimento. Além disso, atos terroristas, carros incendiados e explosões em passarelas de pedestres têm sido relatados em pelo menos 10 cidades do país.

O clima de insegurança é reforçado pelos vídeos divulgados pelas próprias gangues, que ameaçam sequestrar policiais. A população vive um momento de grande tensão e apreensão diante da escalada da violência e da incapacidade das autoridades em controlar a situação.

Diante desse cenário, a atuação das forças armadas nas ruas é vista como uma medida emergencial para conter a violência ligada ao tráfico de drogas. O governo equatoriano enfrenta o desafio de restaurar a ordem e a segurança, além de promover reformas efetivas na polícia e no sistema de justiça. A população aguarda ansiosamente por ações concretas que possam restabelecer a paz e a tranquilidade no país.

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